Bovinos Aberdeen-Angus

Esta raça de bovinos, destinada à produção de carne de qualidade superior, tem as suas origens no Nordeste da Escócia onde o seu aperfeiçoamento começou há cerca de 200 anos.

Hoje o Angus está a ser criado em quase todo o mundo, a salientar os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Europa.

Tratando-se de uma raça de bovinos com grandes qualidades, a sua utilização estende-se aos cruzamentos, não só com raças de carne más também de produção de leite, uma vez que o Angus transmite a sua famosa facilidade de parto e reprodução, bem como a sua cor e a especialidade de ser mocho.

É igualmente conhecido pela sua robustez, o seu fácil manejamento e a extraordinária adaptação às diversas condições climatéricas e ambientais.

Sendo uma das suas características excepcionais a capacidade de uma boa acumulação e distribuição de gordura no tecido intermuscular, que garante também a resistência, por exemplo, em períodos de seca. A sua boa índole, precocidade, fertilidade e habilidade materna completam o quadro de uma raça distinta. O Angus é mocho e de tamanho moderado (Fêmea adulta: 125-140 cm / Macho adulto: 135-150 cm). A sua pelagem apresenta-se curta e de cor preta (encontra-se também exemplares vermelhos). O peso varia entre 550 a 700 kg de uma vaca adulta e 900 a 1000 kg de um macho adulto, sendo o peso ao nascer de entre 30 a 35 kg. As vacas atingem a idade da puberdade com cerca de 15 meses e devido à facilidade de parto os intervalos entre partos são reduzidos.

Em consequência da sua boa conversão alimentar os bezerros chegam rapidamente ao estado de abate (Peso com 365 dias entre 340 a 400 kg).

Ovelhas Campaniça

A ovelha Campaniça tem o seu solar de origem no “Campo Branco”, região que se estende pelos concelhos de Mértola, Almodôvar, Castro Verde e parte do de Ourique. Trata-se de uma região de condições geoclimáticas adversas, caracterizada por solos muito pobres, com um clima bastante quente e seco no Verão, de chuvas irregulares no Inverno e Primavera e um Outono que embora mais ameno não proporciona em regra chuvas suficientes para as tão necessárias pastagens espontâneas.

Os animais desta raça Campaniça apresentam perfil convexo, lã de tipo cruzado e altosa, diferente do Merino e do Churro, cujo cruzamento foi indevidamente considerado o percursor do tronco bordaleiro, a que também pertencem as raças espanholas Manchega e Aragonesa e as nossas Serra da Estrela, Bordaleira de Entre Douro e Minho e Saloia.

A extraordinária resistência da ovelha Campaniça às condições agrestes do meio, permite que seja considerada como uma realidade ecológica, resultante duma selecção quase natural. A rusticidade é a sua maior virtude, fruto de uma melhoria genética devida ao facto de, desde sempre, se escolheram os animais mais resistentes e não necessariamente os de maiores potencialidades produtivas. 

De entre as características morfológicas mais marcantes desta raça, destacam-se, além da lã de tipo Cruzado, o pequeno tamanho, membros finos, cara e cabos deslanados.